Na fábrica de brinquedos, um pequeno urso vigiava as crianças que trabalhavam sem parar. Seu pequeno bastão com cabeça de formiga dava choques em quem não realizava o trabalho direito, nas suas mãos, terríveis e ameaçadoras garras ameaçavam os mais ousados... 
Um dos mitos que povoam o imaginário infantil, este "Homem do Saco" aparece como sendo uma espécie de mendigo, andarilho, a figura sempre distorcida e misteriosa... Nesta concepção artística até mesmo o saco mal trapilho que carrega parece ter vida própria, como se fosse um ser autônomo. 
Nesse mundo globalizado já estava na hora de termos uma Cinderela negra, não é mesmo??? Trabalho concebido com sementes de girassol, de milho, lentilhas, soja, macarrão, brocados e com acabamento feito em tinta. 
Grafite, com arte final feita no corel. Cheia de mensagens subliminares, esse trabalho faz parte de uma série, fruto de uma grande pesquisa com a preocupação de serem passadas várias mensagens secretas em seu contexto, onde o leitor é convidado a vasculhar as imagens para desvendar todas as informações contidas nas cenas.
Sempre recortando, um processo de criação que para mim se transformou numa gostosa brincadeira.
Em Rostobotão tem tanta aventura, que nem dá pra esperar o trem passar... a gente vai de centopéia mesmo!... 
Essa logo foi concebida para uma banda de Pop Rock cujo slogan era: "Quebrando Tudo". Sabendo que os caras adoram cair na estrada, cruzei as informações e cheguei neste resultado.
Criada para a "Idearium", segui uma das tendências do design moderno que é a utilização de um mínimo de linhas para compor a identidade da empresa. A saída que encontrei é um pouco óbvia: linkar a imagem da lâmpada à de idéia porém, resolvi apostar nessa opção; acho que o profissional nunca deve sofisticar demais a leitura imagética dos trabalhos sob pena de não ser compreendido pelo grande público que é no fim das contas o alvo principal. 
Essa ilustra foi concebida no grafite e, depois de escaneada, recebeu colorização no COREL. Apesar de ser bastante simplista, faz parte do meu portfólio de ilustrações para o público infantil.
Mais uma vez meu amado caderno de rascunhos, onde eu projeto, experimento, erro e como já disse em outro post, me liberto do perfeccionismo. 
Trabalhar com materiais variados é sempre um prazer. Nessa ilustra, usei papel, papelão, isopor, folhas de árvore, brinquedos e outros cacarecos... Tudo acaba virando uma grande brincadeira. 
O clássico de Machado de Assis teve o texto adaptado para a linguagem dos quadrinhos pelo escritor Aírton DeSouza, os desenhos foram feitos por mim.
Essas ilustrações foram feitas para um livro que ainda não foi publicado, uma pena... minha inspiração veio de livros infantis antigos, onde pequenas ilustrações eram salpicadas no texto como uma espécies de "cromos". Existem várias imagens subliminares ainda menores inseridas nas figurinhas, só visíveis se ampliadas com um click. A design dos cenários foi baseada nas obras do mestre espanhol Gaudi e no Art Déco. 
As crianças são felizes em Rostobotão:
Eu recomendo essa terapia para os que padecem de perfeccionismo extremado. O caderno de rascunhos serve de base para projetar e armazenar idéias, podem-se fazer experimentações das mais variadas; é um espaço livre para a criatividade do artista e para mim especialmente ajuda bastante,pois me descansa da minha obsessão pelo perfeito. Aqui eu erro o contorno, troco as cores, aproveito mal o espaço e no final tá tudo certo. 
Às vezes sinto a necessidade de fazer com que as imagens saltem do papel. Vou pesquisando materiais, estudando, até chegar ao ponto de conseguir encontrar a exata composição poética do que pensei. Neste trabalho, experimentei materiais pouco convencionais como sementes de tamarindo e peças de brinquedo; agregados a outros não tão inusitados, no caso, o papel recortado. Todo esse aparato no fundo faz parte de uma grande brincadeira. O artista é antes de tudo, um "brincador".
Um domingo clássico com um almoço em família na casa dos meus pais... A felicidade e poesia das coisas simples nos acompanhando: fragrâncias escapavam das panelas percorrendo os cômodos da casa, a conversa gostosa se misturando a elas, as risadas... Minha mãe me mostrou suas últimas experiências com artesanato; esses maravilhosos tapetes nos deixam em dúvida sobre colocá-los ou não no chão... Mereciam molduras. É arte. Arte pura e santa que só as mães sabem produzir.
... A cidade estava uma loucura! Bicicletas, donzelas com pele de casca de ovo, bigodes de dar nó e até um homenzarrão-grandalhão-com-um-baita-guarda-chuvão! Sai da frente que de todo lado vem gente!...
Aqui em casa... tem um universo rebelde que insiste em existir, apesar de geométricamente impossível. Aqui em casa. Aqui em casa existem paredes cheias de pensamento e janelas para alguns livros que ainda não tiveram tempo de ser lidos. Aqui em casa. Um sapo lê Émile Zola em sua poética (e ao mesmo tempo fantástica) existência aqui em casa. Esse sapo me disse outro dia que ama Sartre e os existencialistas. Enquanto isso, seu café da manhã voa ignorando isso tudo. Isso. Tudo. Aqui em casa.
Ao contemplarmos a obra desse australiano de 59 anos chamado Ron Mueck, a sensação é a de que o artista é, de fato, o instrumento por excelência pelo qual Deus manifesta Sua grandiosidade... A perfeição das formas e a expressividade das obras de Mueck traduzem um código secreto cuja divindade não será possível decifrar nessas modestíssimas linhas... Contemplação: só isso. 
